segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

ARDUME - 28




Às vezes desejo que não mais volte,

O que não quer dizer que não lhe ame,

É que você chega como um tsunami,

Destruindo tudo à sua volta.


Não sei se volta por necessidade

Ou por capricho,

Só sei que vem bufando feito bicho,

Fazendo-me pecar contra a castidade.


Eu resmungo, reclamo, choro,
Finjo que detesto, quando adoro.
Quem está entre a cruz e a espada
Não diferencia a coisa certa da errada.


E vem e vai livre, desimpedida.
Mal chega, já anuncia a despedida.
Você é a pimenta da minha vida,
Se não arde na entrada, arde na saída.

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