quarta-feira, 13 de agosto de 2014
FÊNIX - 22.
Quando se imagina que a paixão jaz
Esquartejada, cremada, enterrada,
ressurge, outra vez, com força plena
Traiçoeira e voraz, tal qual hiena.
E não há valente que seja capaz
de altivez de fronte e mente serena;
Ao contrário, treme, tomba e chora
pois, se é paixão, é avassaladora.
Filha dileta da Hidra de Lerna,
Paixão é bicho de sete cabeças
Que expele veneno enquanto hiberna.
Moléstia que se entranha e que perdura,
É próprio da paixão tornar-se vício
E, como todo vício, não ter cura.
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