quarta-feira, 29 de setembro de 2021

CRÔNICA DO TALO DA ABÓBORA.

 

São dezenas de textos, chamando-nos a refletir, a fazer reciclagem espiritual, neste tempo de pandemia.  Lições de moral coletivas, para quem gosta de tomar lição de moral.

A carapuça, além de não me servir, revolta-me.  Não bote nas minhas costas a cangalha das dores do mundo. 

Há dois tipos de indivíduos: os que nascem com a flor de abóbora no ânus e os que nascem com o talo.  Pertenço ao segundo grupo.  Sou da turma que não come o vatapá, mas que sofre as caganeiras.

Na ordem mundial vigente, pobres são escravos.  Não mais de donos de fazenda; mas dos donos do capital.  As regras do capitalismo substituem os grilhões e os chicotes.  Forças armadas e sacerdotes são os novos feitores.

Só os donos do capital podem mudar o rumo da História - e não o farão enquanto não tiverem uma tocha enfiada no rabo, até porque, a inércia é a essência do conservadorismo.  Então, ascenda a sua tocha, vá tacar fogo nos orifícios dos ricos e deixe o meu sofrido traseiro em paz

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